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Tornei ao lugar de partida desenhado de ausência Rebelião desgosto violência e traição Voltei aos solos húmidos e movediços Repletos de anémonas desmaiadas Troncos nus cicatrizados pelas águas dos rios Em enchentes alucinantes incontroláveis Retorno ao passado qual viagem galáctica Perante o tempo e espaço que ensaiam velhas alianças Novas técnicas de truques mágicos Em pleno circo apático de exorcismos Malabarismos políticos Pinturas esquemáticas e provisórias de altas finanças O meu corpo regressou à sinfonia do mar Como caranguejo fugidio que quer sobreviver Em meu redor nada humano existe a não ser o silenciar sem fim Apenas a espuma branca anunciando a pigmentação do bramido A continuação da loucura do extermínio descolorido E neste caos entre a vida e a morte desnutrido Retornei a mim!