A época dos rebanhos
Os corações famintos estagnam na carência de afeto Multidões de negligenciados furam esquemas de sobrevivência Açambarcados pelo sentimento de desconexão Num mundo apavorado pelos enforcados Galvanizado pela riqueza dos desenvergonhados Perante a fracturação entre néscios verdugos e degolados Os desprevenidos e pacóvios Rebolam-se nas danças das informações falsas Sacode-se o tapete da pobreza real Sobre o horror do desemprego e apartamento Solta-se no ar contaminado a suspeita E num tango trôpego entra-se em isolamento social A escola progride na arte do espetáculo político Feito de enganos e discursos falaciosos Que matreiros vão saciando a fome de pertença dos trôpegos Apaziguando o povo infundindo a busca do propósito Mesmo incitando o risco da exclusão dos outros E o perigo do rebanho tresmalhado Sucede-se pela astúcia da matilha Que não quer saber da sustentação do amanhã Mas que esgaravata e desespera pel...