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A mostrar mensagens de fevereiro 11, 2024

Reino suspenso

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  Foto: Ana Maria Oliveira Atravesso paisagens ditadas pela potência rodopiante das galáxias Que chacoteiam visões espasmódicas entre rajadas de nuvens elétricas Por intempéries caóticas provocadoras de vertigens Envolvendo o espírito num reino suspenso de feridas abertas   Provoco a ligação direta à fonte numa tentativa de subsistir aos tremores Em topografias desinquietas pela impermanência furiosa As pontes são destruídas pelas expectativas crucificadas Pelos projetos desenhados na temporalidade do movimento da mariposa Mas pressinto que tenho de abandonar o circuito antigo e voo levantar Deixando bilhete para quem deseja seguir viagem neste comboio Transitando sobre carris em esforço gigante ultrapassando penhascos Pois a carruagem onde prossigo está na iminência de descarrilar   Esbracejo na disseminação de viroses desafiando o ritual da existência A resignação paira sobre a cabeça dorida e febril prisioneira da morrinha Experimento um ser imóvel de

Fronteiras imaginárias

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    Foto: Ana Maria Oliveira Abraço eflúvios que me amparam e erguem do chão onde desmaio Pois esta inversão de marcha anunciada projeta-se Nos alicerces do passado inexistente Porque os sorrisos debandaram para um espaço incógnito Na profundidade misteriosa do reverso dos corpos E a memória traça armadilhas virtuais num conflito persistente   Alcancei o inverno das fronteiras imaginárias No viaduto contrário das falas Na dispersão fantasmagórica dos argumentos No desflorar lento e penoso da escrita No vazio frígido e penetrante do silêncio em antever No desvanecimento acelerado da respiração Na estranheza isolada e caprichosa da ambição alheia Na cegueira obstinada das criaturas sugadoras de poder   É um tempo precioso de recuperação Da criança que habita em mim apesar da enxurrada turva Acumulando a força e a determinação de se manter de pé Pois as decisões correspondem ao livre-arbítrio Mas as mudanças chicoteiam os girassóis Que se abat