As cores do silêncio
Foto: Ana Maria Oliveira |
A escrita tropeçou nos
jogos de vaidades alheias
Esmoreceu na carência de
primaveras floridas
E esfumou-se nos enfeites
improvisados à pressa
Nas cabeças anémicas e
desesperadas
De estrangulados em
espaços lamacentos
Que em agonia e aflição
do submundo se desprendem
As tonalidades do
silêncio esbatem-se
Nas entranhas
embalsamadas pelas correntes lávicas
Dos subterrâneos
encardidos pelas sombras artificiais
Da luz gélida que anseia
o paraíso em troca de infernos reais
Agora os drones perjuram
os humanos no folclore das queimadas
E na gastronomia
improvisada dos verdugos
As ogivas nucleares
aguardam o gesto tétrico do extermínio
Gerado pelos circuitos
danificados dos cérebros apodrecidos
Dos poderosos defensores
da morte que dão vivas ao seu macabro hino
Foto: Ana Maria Oliveira |
Comentários
Enviar um comentário