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A mostrar mensagens de março 26, 2023

Nada é definitivo

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  Foto: Ana Maria Oliveira   Matérias esbatem-se nas essências atuando em tripé instável Adquirindo formas e colorações texturas e podridões Sustentáculos de predicados que se imutam Construindo e desterrando geografias traçando multidões   Encarcerado permanece o animismo onde nada é definitivo Nascente inesgotável de movimentação dos vermes Copiado do código genético da criação obtusa Obtendo conceitos presos em estendais de vento Surgindo a alma informe rompendo dimensões de assolação Na lentidão da marcha de cada elemento   Neste imagismo vacilando a erudição Perfuram-se sensações visuais saltando para o tato Apalpando a rugosidade das montanhas em desabamento Saboreando o fel em afogamentos de acidez egocêntrica Incapaz de ultrapassar trincheiras epistemológicas Secam esqueletos ao sol escaldante do deserto Corrompem-se tecidos de memórias nas fossas antropofágicas   Pedagogias soltas minam cérebros subjugados por arames Provocando rio

Ciclo vital

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    Foto:Ana Maria Oliveira A energia sustenta campos de harmonia temporária Nos ecossistemas das bocas abertas suplicando alimento Perante psicoses manipuladoras de rebanhos Casadas com transtornos afetivos sem consciência nem alento   Desmaiam nuvens ácidas contaminando a flora A clorofila capta a luz no processo de fotossíntese E o frenesi contorcionista instigador sem desígnio Esconde as pegadas de patologias nevrológicas Nos bastidores gozam os decompositores fungos e bactérias Transvertem o orgânico morto por declínio Em matéria inorgânica como fruto de matrimónio luciferino E entre pactos e laços dependências e atritos Solta-se a indiferença azeda das entidades do extermínio   Paira um efeito cumulativo como bomba relógio Quando os inseticidas e compostos radioativos Se concentram no homem parasita central E a bipolaridade desencanta filamentos de delírios e paranoias Esquecendo o ritual do crepitante ciclo vital   Espraia-se a catat

O poder do fogo

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  Foto: Ana Maria Oliveira A forma e o volume fazem divertidas associações desenvoltas Iludindo o mundo animal alentador de utopias Os gases soltam fibras de estrangulamentos em agonias Acumulando pontos negros dentro da visibilidade comum Traiçoeiros volteiam nos espaços contíguos Amarrados pelas estéticas dos engodos Originando panoramas aguerridos de asfixias   Os fluidos deslizam até às profundezas dos poços Realizando orgias de abraços camaleónicos Adquirindo as formas do parceiro devoluto Introduzem-se entre as cantarias arquitetónicas dos pilares Pedregulhos talhados na estabilidade do eterno Peso gravitacional embalado no equilíbrio das oscilações lunares   A acidez e alcalinidade deslizam nas papilas gustativas dos humanos Exploradores de catalisadores aguardando a reação em cadeia Em oxidações rasteiras minadas pelas poeiras Aguardam a destilação dos monstros A evaporação dos homicidas a tempo inteiro A queda do ditador em alívio dos in

O bailado mágico dos elementos

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  Foto: Ana Maria Oliveira As substâncias puras fazem pacto com as criaturas Perdidas na azáfama do ambiente de feira onde tudo se vende Átomos escondem-se noutras dimensões invisíveis pressentidas Arrastando elementos que dão luta à decomposição Afirmando a sua individualidade num mundo em transgressão   Os seres compostos na sua luxúria misturam-se Com diferentes partículas trepidantes e entes alados Como se o palco da existência desse liberdade de amar e unir Resultando o renascimento de outras sintonias e bailados   Em metamorfose na mudança das estações sou fragmento tonto Que rodopia em carga positiva desafiando a sorte Desbravando as variações sonoras e trajetos E o compasso de dança adiando a morte Noutros ensaios cintilantes incitando a criação Sou eletrão saltitão ansiando atrair diferentes afetos Participando no bailado mágico dos inquietos elementos