Híbridos
Foto: Ana Maria Oliveira O enxertar das videiras alastra-se nas uniões dos rebentos Os troncos das árvores abraçam-se em socorro do esplendor da vida Os pássaros cruzam os céus depois do nevoeiro do vale E o sonambulismo a evaporar partidas nos ícones da decadência Seca o rio que ampara os sonhos de uma existência dolorida Escondem-se os enigmas nos materiais decepados E o cio deambulando num gemido abafado sob as estrelas Que copulam entre si entre ebulições férteis Por entre silvados e flores endémicas trocam-se energias Aguardando a proliferação ziguezagueante dos répteis É a lei da vida onde a carne esventrada é soberana E as aves de rapina planam sobre a presa indefesa nos matagais A exigir o clímax em explosão de vontades e desejos O ronco das máquinas desbravando os campos de libelinhas Quando o galináceo cantor defende o seu território com o odor que emana Serena as criaturas na perspetiva do alimento e ensejos Assegurando a postura et