Fronteiras em delírio
Foto; Ana Maria Oliveira |
Germina o terror nas embarcações flutuantes
Ao serviço dos
egocêntricos e gananciosos
Açambarcadores de
humanos famintos pela noite calada
Prepara-se a
contenda no improviso das lágrimas
No desacerto dos
ponteiros do relógio
Que permanece
apontando a carnificina sofisticada
A tensão rompe
fronteiras em delírio
Onde as crianças desaparecem
na convergência da paranoia
Os danos
colaterais são assinalados a frio
De forma robótica
e precisa sem alarido
Como uma criatura
nascida para obedecer e sem apego
Programada para
realizar a cisão necessária
À implementação do
poderio empedernido
Somos assolados
pelo deslize dos corpos em decomposição
Empurrados pela
derrapagem das viaturas sem freio
Pontapeados pela
tempestade que sobrevém ao inferno do fogo
Surge então um
batimento cardíaco rasgado pelo furacão cego
Esbarrando com a
ausência de empatia de seres medonhos
Potências macabras
que enlouquecem esquartejando
Derrubando
inundando manobrando calabouços por decisão de lunáticos
Bombardeando as
sementes futuras soterrando os sonhos
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