Conexão ecológica

 

Foto: Ana Maria Oliveira


Germinam nas profundezas associações biológicas

Que aguardam a luz do dia para a florestação multicolor

Perante pigmentações intermitentes em tempos bélicos

Traçando penúrias nos edifícios em abatimento

Com os animais à solta decepados

Em direção ao poço da incompreensão humana

Que aniquila a sua condição criando fossas de cadáveres

Provocando a fuga de inocentes desterrados

 

As mutações acontecem na visibilidade das tragédias

Nas depressões anunciando suicídios

Nos atos tresloucados sem amanhã

Quando os pais chorosos ficam sem os filhos

Procurando-os pelas cidades em ruínas de forma vã

 

Predatismo é o prato do dia servido de múltiplas maneiras

A espécie predadora aguarda o festival de gastronomia

Para saciar a fome do chorume poluente das lixeiras em decomposição

E os carcinogénicos minam as veias das crias por nascer

Num tufão de sobrevivência das espécies em asfixia

 

Explodem sismologias vulcânicas sobre estéticas em putrescência

Germina o grito zoonte em dúbio inquilinismo

Criando veredas ocultas de proteção e sustentáculo

Geram-se vias rápidas de associação e socorro

Desenham-se laços e nós cegos em interesseiro mutualismo

 



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