Girassóis
Foto: Ana Maria Oliveira |
As paredes antigas sugam figurinos amarelados
Enfraquecem
com a deterioração provocada pelo tempo
Onde
os camaleões cronológicos copulam
Com
as texturas decrépitas angustiadas
E
a iminência dos terramotos se misturam
O
entulho persiste na mágoa do olhar
Num
casebre improvisado enganando os sonhos
Safanões
subtis moldam o piso inacabado de escleroses
E
os canídeos são testemunhas dos desaires
Provocados
pelos caprichos encobertos das viroses
As
velocidades alheias recortam o espaço que ocupo
Deixar-me-ei
conduzir na tentativa da conciliação
Mas
prefiro a pacatez duma natureza serena
Do
que os regozijos da louca e inumana aceleração
As
ambições discordantes salpicam a mente
Contaminando
a eleita tranquilidade
A
senda não a reconheço tem rasgos de estranheza
Não
vou no sentido vero com o advento de árdua tempestade
Os
girassóis crescem apontando o céu azul
Não
quebram vergam-se pelo vento
Como
lanternas acesas acenando a direção
Recado
enviado para o âmago do meu contentamento
Comentários
Enviar um comentário