O delírio dos palcos

 

Foto: Ana Maria Oliveira 


 As bocas escancaradas batem a portas fechadas

A donzela desliza na plataforma do ego 

Refeito de sonhos amplitudes térmicas e desejos de meiguices

Escorre pela ratoeira bordada a ouro ignorando nas costas o prego

 

Ignora o ardil arquitetado pelos deuses à espreita

Que indiferentes ao escrutínio de vida e sorte

Pinta a tela de cores suaves adormecendo consciências

Quando o mundo desencadeia laivos de violência e morte

 

O vento fura placas dimensionais em direção

Ao aguerrido transbordo de uma nave em sustentação intermitente

Dos perdidos no delírio dos palcos repartidos

Pelas placas tectónicas em velocidades espasmódicas

E nem a oração salva os corações dum respirar incoerente

 

Os palhaços riem da psicose da neurose

Do humano absorto atrelado ao cão

E sobrevem o apaziguamento quando os felinos

Solícitos vêm de mansinho em silêncio

Acariciar as mágoas em desgastes acelerados

Sobrecarregando fraturas de energias debilitadas

Noutras extensões onde a solidão é feita de afagos

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