Inundação
Foto: Ana Maria Oliveira |
E
dá o salto quântico para geografias de conflito
Perante
corações exaustos pelo estampido de partículas em fúria
O
desgaste das articulações coincide
Com
a decadência das elites bélicas
Contagiando
as gargantas exasperadas
Criando
obstáculos de fungos descrentes
Contra
um peito que se dá em indignação ao choque
À
zanga de bloqueio sem freio
Ao
rancor pegajoso vaporizando poluentes
A
engenharia tracejou a devastação
Os
mucos acumulam-se na entrada dos resvaladouros
Produtores
de bactérias interditas
À
escuridão agressiva dos leprosos
E
o polvo vergável entre cabriolas retrai o grito
No
centro do murmúrio vulcânico desentupindo as vias lávicas
Em
deslizamentos pesados no desfasamento dos muros
Sobre
os membros doridos da escravização
Há
prestes a saltar um tampão sobre as cabeças
Dos
paupérrimos amedrontados em exasperação
Aliando-se
à sabotagem do reservatório hídrico
Corpos
flutuantes servem de trincheira fluvial
A
barreira militar faz parte da estratégia
De
retardar as forças inimigas
Que
faz pacto com as águas desenfreadas
Onde
os pedestres se afundam em questiúnculas antigas
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