O lugar do vazio
Foto: Ana Maria Oliveira |
Um
despenhadeiro negro qual vácuo devora as volições
A
cobiça vem solícita e amável ferrar nas costas a espada
A
crueldade veste-se de revolta silenciosa
Evitando
que as lágrimas caiam na ambiência molhada
A
barulhenta chacota zumbe no virar do folclore
O
sorriso esconde a antipatia da criatura desencaminhada
Sem
coragem para mudar de trilho e desolada
Vai!
Vira
de direção
Cria
fogo de artifício no coração
Assim
uma sinfonia etérea feita de pétalas de flores
Criará
grinaldas que enfeitarão a cabeça desanimada
Vai!
Não
aprisiones os teus pés onde não te querem
Veste
o melhor trajar e passeia o que no teu fel mora
Junto
com fadas encantadas que adocem a boca
Pois
a amargura espalha-se e destrói sem pudor inocentes
As
palavras são espinhos enfeitados de memórias
Imagens
quebradiças da miséria plural minando resilientes
Com
os conceitos a esfumarem-se algures entre o dentro e o fora
Não
te sigo nem te ouço ou vejo
O
meu propósito é de outra natureza precípua loucura
Prevejo
a vitória mesmo enfeitada de incerteza
Ocupo
o espaço e tempo ultrapassando reveses
Atenuando
o receio do incógnito
Que
se metamorfoseia em fantástica aventura
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