Planar no caos
Foto: Ana Maria Oliveira A vida fetal obedece às leis do acontecer rogando visibilidade E o meu coração treme por perdas desgastadas em desnorte Como se a caprichosa magia promovesse indiferente a torrente vital Permitindo a verdugos que trespassem os sonhos De frágeis prisioneiros deste sombrio arraial Agitamos a capacidade de superar as mínguas Mas a desordem das emoções ergue espadas na defensiva E enquanto a ponderação pelas dores alheias gera luminosa coerência O meu coração quebra o ritmo conduzindo-me para regiões áridas Pela brisa que desprende as mágoas e dispersa os viventes em potência Em cada invólucro que revoa em direção a outras geografias Vai a missiva para que acordem da letargia combalida Mas como parasitas viscosos os incompetentes são eleitos E o meu coração salta aturdido para outra dimensão Porque na produção de ideias os criativos à eliminação são sujeitos Sem caos seríamos infrutífero...